Mystic Heart: O Renascer
O dia do último Solstício havia chegado, os alunos estavam preparados para impedir que os aliados de Plutão roubassem a magia produzida do ritual, caso o Solstício de Primavera fosse realizado com êxito, Andorah estaria salva. De um lado estava Valys com sua tropa e do outro estavam os alunos de Mystic Heart acompanhados de Phylares, Insanitis e Waleeth. Foi então que a seguidora de Plutão, Valys, brandiu sua espada o alto. Com o sinal, a tropa começou a avançar contra a defesa da academia, ao longe podiam-se ver rajadas e explosões que começavam a tomar conta do campo do Solstício indicando que a guerra havia começado. A magia dos plutônicos era de fato muito forte, mas os alunos haviam treinado bastante e conseguiram levar a batalha adiante. O primeiro dos quatro pilares encheu-se de magia ao mesmo tempo que uma das torres da academia tombava no chão. Valys estava agora muito próxima aos pilares quando um grupo de alunos resolveu interceptá-la. Sem delongas, a seguidora de Plutão ia matar um dos membros do grupo quando uma espada colidiu com a sua. Era a espada de Aziphee, a instrutora chefe da academia que havia retornado junto de Casillah, o vice-diretor. Ela e a instrutora Insanitis começaram a travar uma batalha contra Valys enquanto Casillah rumou para junto dos demais alunos, auxiliando-os. O segundo pilar se encheu magia e agora só faltavam mais dois para que o ritual fosse finalizado. A batalha estava dispersa por todos os lados, enquanto uns defendiam o ritual, um pequeno grupo liderado por Phylares estava protegendo os cidadãos de Castelian quando foi surpreendido com a chegada de plutônicos. Enquanto defendiam o vilarejo, os alunos conseguiram fazer com que os cidadãos chegassem ao porto e entrassem em embarcações para fugir da área. Todavia, ainda haviam pessoas presas na taverna que fora bloqueada, então Phylares ordenou que os alunos defendessem o porto enquanto ele fosse libertar os presos. As pessoas foram salvas pelo dubyo, mas quando ele ia sair da taverna o local explodiu, desabando-o em cima do instrutor que acabou morrendo. Desolados com a armadilha, os alunos ficaram um pouco perdidos e resolveram recuar. O vilarejo de Castelian estava vazio e foi destruído em seguida. O terceiro e penúltimo pilar se encheu e por isso a batalha ficou ainda mais acirrada, com perdas consideráveis de ambos os lados. Foi então que dos céus um imenso dragão posou nos territórios de Mystic Heart, montado nele estava Murshok. Muitos pensaram que o antigo diretor estava aliado a academia, contudo Murshok se mostrou sem partido e ordenou que seu dragão atacasse quem tentasse chegar perto dos pilares, não importando quem fosse. Um grupo se juntou para combater o dragão enquanto Casillah interceptou Murshok, alegando saber de toda a verdade que o ex-diretor escondia. Rapidamente ambos travaram uma batalha intensa quando o último pilar finalmente se encheu indicando que o Solstício estava para acontecer. Os quatro pilares liberaram um raio poderoso ao centro criando uma enorme massa de energia mágica. Ao ver tal ocorrência, todos se voltaram para o campo do ritual para proteger a magia ali produzida. O primeiro a chegar foi o diretor Waleeth, colocando-se em frente aos pilares de braços abertos. Valys fora presa por Insanitis e Aziphee e o resto dos plutônicos estavam se defendendo dos alunos. Um grupo liderado pelo guarda florestal Mencius se aproximou do diretor para proteger a magia do Solstício, foi então que Waleeth abriu um sorriso maligno e assassinou todos do grupo, incluindo Mencius. Os olhos do diretor estavam negros e ele disse com a voz alterada: "Ninguém vai me impedir dessa vez!".
Confusos, ambos os lados da guerra hesitaram para prestar atenção na cena que ocorria perto dos pilares. Seria o diretor de Mystic Heart um traidor? Waleeth continuou fitando os presentes e seu corpo começou a se alterar, com um riso estridente ele se transformou em uma figura feminina de longos cabelos negros e com uma aparência medonha. Da sua boca foram sibiladas as palavras: "Eu sou Elneya". Todos entraram em desespero ao descobrir que a deusa das trevas era o diretor da academia esse tempo todo. Elneya ainda falou que tudo não passou de uma farsa e olhou para Murshok sorrindo. O ex-diretor abaixou sua cabeça claramente nervoso. A deusa das trevas disse que viu em Mystic Heart a chance de conseguir poder suficiente para retornar a Andorah e instalar seu império de caos, por isso ela se juntou a Murshok na construção da academia. "Eu não sabia das proporções que isso iria tomar. Eu só queria que Mystic Heart fosse construída em paz!" defendeu-se Murshok. "Hahahaha, pobre Murshok, só tenho a lhe agradecer por facilitar as coisas" retrucou Elneya. Ela ainda alegou que os Solstícios foram uma forma de roubar a magia dos alunos para ela própria, ou seja, não ocorria equilíbrio mágico quando os rituais eram realizados, e sim um ganho de mais magia para a deusa. Quando Stella resolveu mudar o diretor de Mystic Heart, Elneya disse que viu uma chance de tirar Murshok do caminho, matando o verdadeiro Waleeth e assumindo sua identidade. Dentro da academia como diretora, ela alterou os pilares do Solstício para que toda energia criada fosse enviada diretamente para ela. Todos os rituais realizados até então beneficiaram Elneya, dando-lhe muito poder. "Eu ouvi esse verme que um dia eu chamei de amigo falando com Waleeth sobre o plano!" relatou Casillah tomado de ódio "Mas quando eu fui confrontá-lo sobre o que eu sabia, ele simplesmente me raptou". "Felizmente, eu, Phylares e Insanitis conseguimos encontrá-lo a tempo" disse Aziphee. "Então... Você nos jogou contra eles?" falou Valys dirigindo-se a Elneya. Embora Plutão tenha sido um aliado de Elneya, ele provou do mesmo veneno de Murshok, sendo enganado por ela. Muitos pensaram que ele havia morrido, mas para a surpresa de todos ele estava vivo e resolveu se vingar da Deusa. Tomando proveito da situação, Elneya jogou Plutão contra os alunos de Mystic Heart, fazendo-os pensar que o verdadeiro inimigo era ele. Elneya riu por ver que seu plano tinha dado certo e voltou-se a massa de energia formada, sugando-a para o seu corpo. O símbolo dos 04 Solstícios apareceram no céu e um grande clarão se formou no local. De repente, várias catástrofes começaram a ocorrer ao mesmo tempo: terremotos, tempestades, maremotos, tornados; Andorah estava sendo destruída pela própria natureza. "Dominar Andorah seria fácil demais, quero algo maior! Apodreçam nesse mundo que vocês chamam de casa", disse Elneya. Um portal se formou na frente da deusa e ela entrou, sumindo de vista. Os magos se seguravam como podiam, mas tudo estava desabando ou sendo engolido pela força arrebatadora da natureza. Foi então que ambos os lados resolveram se aliar para derrotar a deusa das trevas. As costas das tropas, Andorah estava sendo destruída por completo, a única chance de sobreviver era entrando no portal.
Todos rumaram para o portal e foram ajudando uns aos outros para sobreviverem. Alguns foram morrendo conforme se aproximavam e a situação estava ficando insustentável, até que o fim pareceu próximo: meteoros de fogo vindos do céu começaram a ser lançados em direção aos magos. Eram muitos e se parassem para combatê-los iriam perder tempo. Então um braço foi estendido ao ar, fazendo com que os meteoros desviassem de direção. Era Murshok que estava no topo de um monte auxiliando os demais. "Vão! Curem o estrago que eu ajudei a causar, eu fico aqui". Todos voltaram os olhos para Murshok, especialmente Casillah, surpresos pela reviravolta do mago. O portal então começou a se fechar e Murshok devolveu o olhar ao antigo amigo dizendo "Desculpe por tudo, agora salve a magia". Casillah assentiu com a cabeça, correndo até o portal sem olhar para trás. Graças a Murshok, muitos conseguiram chegar ao portal e sentiram um forte puxão quando entraram. Ainda era possível ver Andorah sendo destruída do outro lado, o que fez lágrimas saírem dos olhos de muitos. Quando a viagem finalmente terminou, os magos foram jogados no meio de uma calçada. Tudo estava embaçado e fortes barulhos de grito e buzinas eram audíveis. Para onde o portal havia levado os magos? Quando tudo ficou mais nítido, os magos se viram em um local que nunca tinham imaginado existir. Eles estavam em Nova Iorque, no meio da quinta avenida. O poder de Elneya estava tão grande que a deusa foi capaz criar um portal que ligasse Andorah ao mundo dos humanos, algo nunca feito antes na história da magia. Perdidos e sem entender as coisas que os rodeavam, os magos ficaram atentos a tudo. Elneya estava destruindo a cidade com raios que explodiam nos altíssimos prédios "Temam a sua nova deusa, humanos! Hahahaha!". Os magos logo entenderam que estavam na dimensão humana da realidade e resolveram ajudá-los, protegendo-os dos ataques das trevas de Elneya. Todos se mantiveram firmes e gritaram a uma só voz "POR ANDORAH!". Foi então que outro portal se formou e dele saiu uma entidade idêntica a Elneya, só que com cabelos brancos e com uma aparência graciosa, era Alneya a deusa da luz. "Ora, ora, finalmente você apareceu, irmã" disse a deusa das trevas. "Na verdade" retrucou Alneya "eu estive acompanhando tudo o tempo todo". "Por que só resolveu aparecer agora então, sua tola?". "Você me vê agora, mas como eu disse, eu sempre estive aqui" disse Alneya apontando para os magos. A deusa da luz explicou que ela não é uma entidade única como Elneya, ela não é uma parte e sim um todo, a magia por completo, presente em cada mago de Andorah. "Eu sou a magia, Elneya. E fui invocada pela vontade de cada mago aqui presente, aqueles que verdadeiramente creem nela". Elneya soltou um grito de desgosto e jogou uma rajada negra em direção a Alneya, arremessando-a contra um prédio. "E eu sou a destruição da magia!". Minutos depois, Elneya parou com seu sorriso macabro e sentiu a mesma dor que ocasionou na irmã, caindo no chão de joelhos em agonia. "Não, Elneya. Você é parte de mim. O que você fizer contra mim, será jogado contra você." A deusa menor soltou outro grito de aflição e lançou outra rajada negra na irmã, sentindo a mesma dor e caindo no chão. "Você só está matando a parte negra da magia. Porque a magia, Elneya, ela é eterna". Ao ouvir as palavras, Elneya estendeu ambos os braços e soltou um grito agudo lançando agora uma rajada mais poderosa na irmã. Dessa vez, o corpo de Elneya explodiu em fagulhas negras não deixando algum rastro da deusa por perto.
Após o ocorrido, os magos não acreditaram, Elneya estava finalmente morta. Eles então louvaram a deusa da luz agradecendo-a por salvar o mundo das tenebrosidades da irmã. Alneya sorriu "Agradeço a devoção de todos, mas os verdadeiros heróis foram vocês". Ela relatou que estava presente em cada um dos magos e quando eles creram na magia que possuíam dentro de si, uma projeção dessa magia foi criada na forma da deusa. "Então eu louvo vocês por crerem na magia" disse a deusa curvando-se aos magos ali presentes.
Epílogo - 5 anos depois
Depois dos incidentes na cidade de Nova Iorque, os humanos ficaram em choque com o que viram, pois não sabiam da existência de um mundo mágico. Por isso, para manter o equilíbrio da situação, Alneya fez com que todos os humanos que viram o ocorrido se esquecessem do episódio, apagando da memória deles. Plutão se integrou as outras 08 divindades por seu arrependimento e bravura, voltando a ser um deus celestial, seu elemento regente seria o plasma. Como Andorah havia sido destruída, os magos tiveram que viver no mundo dos humanos, construindo uma sociedade secreta de feiticeiros. Segundo Alneya, ninguém podia revelar a existência da magia para outra pessoa que não fosse um mago e eles deveriam perpetuar a cultura andorana secretamente. Por isso uma nova academia foi criada para instruir todos de linhagem andorana, chamada Eternal Magic. Nela há um memorial que lembra os nomes de todos que morreram na última batalha por Andorah, incluindo Dorganus, Phylares, Mencius e Murshok. Insanitis foi nomeada diretora da academia ao lado de Valys, nomeada vice diretora. Como instrutores foram escolhidos: Gladden Votyris, Adam Forrest, Haela Lauther, Evanora Vlewtyn, Hewken e Zakhrof. Como Stella acabou morrendo na destruição do mundo mágico, o novo rei escolhido da sociedade secreta foi Casillah que casou com Aziphee, nomeada rainha. Ainda na corte, os conselheiros reais escolhidos foram Krolm, Qhyuerj, Yariel Lightpaw e Yarion Lightpaw. O comando do exército ficou sobre a inspeção de Yumoto, J-Berk, Gerwulf, Edel Svalbard e Edwin Danboullt. Já Mellie, Nortos, Chloe May, Desiryee e C.Benvenuit ficaram responsáveis pelos acordos de segurança da sociedade secreta com o mundo dos humanos. Zahramiik, C.Vlewtyn, Doboj Bijeljinae, Viccie.Muller e Roy Meedrikev viraram investigadores do cumprimento da lei mágica.
Embora felizes por terem se livrado do mal que os perseguiu por várias décadas, os magos não possuíam mais Andorah. Contudo a cada dia que se passava eles iam se apegando ao mundo dos humanos, que no fim das contas os cativou bastante. Agora eles tinham um novo lugar para chamar de casa.
Embora felizes por terem se livrado do mal que os perseguiu por várias décadas, os magos não possuíam mais Andorah. Contudo a cada dia que se passava eles iam se apegando ao mundo dos humanos, que no fim das contas os cativou bastante. Agora eles tinham um novo lugar para chamar de casa.